quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Com tecnologia como da F-1, bikes têm preço de carro popular: R$ 25 mil

Principais acessórios das bicicletas são feitos em fibra de carbono, para torná-las um terço mais leves dos que as convencionais.
Por Renato Cury Sorocaba, SP

Comparar uma bicicleta com um carro de Fórmula 1 pode parecer loucura, mas não é. As bikes usadas por grande parte dos atletas na Volta Ciclística de São Paulo são feitas com o mesmo material utilizado nos carros de Felipe Massa, Vettel e cia: fibra de carbono. A tecnologia avançada custa caro. Uma bicicleta profissional chega a valer R$ 25 mil.
- A tecnologia é realmente parecida com a de um carro de Fórmula 1. O quadro, as rodas, a manopla e outros acessórios da bicicleta são todos feitos em fibra de carbono. Algumas peças são feitas em cerâmica, o que torna a bicicleta cara - explica Soelito Gohr, da equipe de São José dos Campos.
A grande vantagem da fibra de carbono nas bicicletas é a diminuição do peso. Uma bike convencional, encontrada em supermercados e lojas de esporte, pesa cerca de 20 quilos. As bicicletas dos profissionais pesam um terço menos, entre seis e sete quilos.
- Para provas longas e de velocidade é essencial que as bicicletas sejam as mais leves possíveis, já que nessas competições os segundos e milésimos definem os vencedores - completa Mauricio Morandi, também da equipe de São José dos Campos.
Para alguns participantes, o preço dos equipamentos é o grande obstáculo. Nem todos conseguem patrocinadores e sofrem para desembolsar o montante suficiente para a compra das bikes de primeira linha, que custam o preço de um carro popular.
- Nós cuidamos das nossas bicicletas melhor do que cuidamos dos nossos carros. O zelo é gigantesco - diz Gohr.

Uma roda chega a custar R$ 5 mil (Foto: Renato Cury/Globoesporte.com)

Para competições específicas, como a prova contra-relógio, os ciclistas usam capacetes e rodas diferenciadas. Toda fechada e feita em fibra de carbono, as rodas para provas de velocidade custam R$ 5 mil.
- Trinquei uma roda há poucos meses. Dá vontade de chorar. Não temos seguro em nossos equipamentos e nunca fica bom o conserto. É como quebrar uma prancha de surfe, remendar nunca fica 100% - finaliza Gohr.

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